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- | No Brasil, pesquisadores da USP, UFSCAR e UFSC somaram ao modelo de Cooper uma perspectiva informacional, propondo que os estágios do desenvolvimento fossem agrupados em 3 macrofases distintas, que vão desde o planejamento estratégico dos produtos até sua descontinuação (Figura 17- 7). Marcos intermediários (milestones) sugerem pontos de monitoração e controle de atividades críticas, antecedendo às decisões formais de cada gate. Por fim, cada projeto é suportado por uma gestão contínua de mudanças, cujas necessidades são desencadeadas por resultados de testes, viabilidade de industrialização, restrições tecnológicas, legislação e outros, resultando em oportunidades de aprendizagem.26; 27 Mais recentemente, outros trabalhos tem trazido a este debate o fato de que contingências relacionadas ao funcionamento e base tecnológica das organizações e seus ambientes externos (setor industrial, posição na cadeia de valor, relações com clientes corporativos ou finais, etc.) podem forçar mudanças nos processos de inovação. Como resultado, novas sequências de etapas e formas de alocação de recursos tem surgido.28 | + | ====== Modelo de Referência para o Desenvolvimento de Novos Produtos ====== |
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- | Figura 17- 7 - Modelo de Referência para o Desenvolvimento de Novos Produtos. 27 | + | Este modelo foi desenvolvido no Brasil por pesquisadores da área de Engenharia de Produção da USP, UFSCAR e UFSC [1]. Eles somaram ao [[ferramentas:modelo_stage_gates|Modelo Stage Gates]] uma perspectiva informacional, propondo que os estágios do desenvolvimento fossem agrupados em 3 macrofases distintas, que vão desde o planejamento estratégico dos produtos até sua descontinuidade, conforme ilustrado na figura: Pré-Desenvolvimento, Desenvolvimento e Pós-Desenvolvimento. |
- | Normalmente os modelos mais estruturados de desenvolvimento de produtos são fundamentados por um pressuposto de que as ideias de inovação possam ser bem definidas pelo leque tecnológico existente, pela estratégia previamente definida na empresa ou pela voz do mercado. Devido a este fato, tais modelos são considerados mais afins a inovações incrementais.26 Apesar desta observação é importante ressaltar que a maior parte dos projetos de inovação, mesmo de uma organização muito inovadora, será sempre caracterizada por projetos desta natureza. | + | |
+ | {{ :ferramentas:figuras:modelo_inovacao_pdp.png?600 |}} | ||
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+ | A existência de marcos intermediários (//milestones//) sugere pontos de monitoramento e controle de atividades consideradas críticas, antecedendo às decisões formais de cada //gate//. | ||
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+ | Cada projeto é apoiado por uma gestão contínua de mudanças, cujas necessidades são desencadeadas por resultados de testes, viabilidade de desenvolvimento, restrições tecnológicas e legislação, entre outros, resultando em oportunidades de aprendizagem. | ||
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+ | Normalmente os modelos mais estruturados de desenvolvimento de produtos, como o acima, são mais utilizados em inovações incrementais, uma vez que pressupõem que as ideias de inovação possam ser bem definidas pelo leque tecnológico existente, pela estratégia previamente definida na organização ou pela voz do mercado. | ||
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+ | Vale ressaltar que a maior parte dos projetos de inovação em engenharia, mesmo de uma organização muito inovadora, será sempre caracterizada por projetos desta natureza. | ||
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+ | [1] ROZENFELD, H.; FORCELLINI, F. A.; AMARAL, D. C.; TOLEDO, J. C.; SILVA, S. L.; ALLIPRANDINI, D. H.; SCALICE, R. K. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 542 p | ||