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processos:col:col2 [2020/05/05 16:58] analiddy |
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- | ==== COL2 - Interações e contatos internos e externos são estimulados visando criar oportunidades para troca de experiências e aprendizado, fomentando o intercâmbio do conhecimento e a aprendizagem ==== | + | ==== COL2 - As possibilidades de colaboração interna e/ou externa para o desenvolvimento de PDI são identificadas, avaliadas e acompanhadas ==== |
- | Perfis aplicáveis: I, II e II | + | Perfis aplicáveis: I, II e III |
__**Valor**__ | __**Valor**__ | ||
- | O estímulo à colaboração pode ser um catalisador para incentivar a geração de ideias, a troca de experiências, o intercâmbio do conhecimento e o aprendizado coletivo, que podem aprimorar a inovação nas organizações. Além disso, pode atrair e reter profissionais que se identificam com organizações que oferecem maior liberdade de expressão. | + | Apesar de reconhecerem que a colaboração é vantajosa, muitas organizações ainda não sabem como incentivá-la e imaginam que ela se manifestará naturalmente. |
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+ | A qualidade da colaboração de forma //ad-hoc// ou espontânea é difícil de ser determinada e, geralmente, não existem objetivos ou produtos claramente definidos ou resultados esperados de sua execução para que se possa avaliá-la. | ||
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+ | O registro, o acompanhamento e a avaliação de possíveis formas de colaboração, interna e/ou externa, possibilitam maior organização e controle das iniciativas de colaboração existentes, estejam elas propostas, definidas, disponibilizadas ou canceladas. | ||
- | Existe uma expectativa de que grupos consigam superar o desempenho quantitativo e qualitativo de indivíduos isolados, bem como alcançar uma compreensão que nenhum deles possuía previamente e que não poderia ter sido obtida caso tivessem trabalhado de forma isolada. | ||
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__**Explicação**__ | __**Explicação**__ | ||
- | Fomentar a colaboração é essencial no cenário atual. Concentrar atribuições em uma só pessoa pode levar ao desgaste físico e emocional do profissional, que em muitas situações perde a motivação para o trabalho. O estímulo à geração e troca de ideias, experiências e conhecimentos possibilita um maior engajamento do profissional com o propósito estabelecido, proporcionando um ambiente de trabalho positivo e estimulante, propício à cooperação e à criatividade. Os colaboradores sentem-se mais à vontade para expor novas ideias e dar sua opinião acerca dos processos da organização, o que abre caminho para a inovação. | + | A colaboração é uma característica relevante no processo de qualquer negócio, em especial no ambiente dinâmico e imprevisível atual. Uma forma de enfrentá-lo é ultrapassar as fronteiras organizacionais e investir no estabelecimento de parcerias com outras organizações no país e no exterior (universidades, [[geral:termos_e_definicoes_adicionais#ICT|ICT]]s, fornecedores, clientes, consultores e outros parceiros). |
- | Assim, a organização deve estimular iterações e contatos internos e externos, o que pode ocorrer de diversas formas, entre elas: realização de eventos e //workshops//, internos e/ou externos; incentivo à colaboração síncrona e assíncrona; disponibilização e uso de ferramentas de colaboração (p. ex.: Trello); estímulo à receptividade das pessoas a //feedbacks// e à capacidade de absorvê-los; redução de hierarquias em grupos de trabalho; criação de ambientes flexíveis, propícios à mudança; fortalecimento do trabalho em equipe; aproveitamento das habilidades e pontos fortes dos colaboradores para superar desafios; uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado, motivando ações e comportamentos em ambientes diversos (“gameficação”). | + | As organizações vêm recorrendo à colaboração entre profissionais para fins não só de compartilhamento de ideias e conhecimento, mas também em busca de soluções inovadoras, aumento de qualidade e produtividade, até mesmo na ida ao mercado. A convergência de tecnologias (englobando mídias sociais, mobilidade, computação e armazenamento em nuvem) permite que a colaboração se torne não só realidade, mas também uma necessidade de mercado. |
- | De forma proativa, a organização pode mostrar seu interesse e abertura para a interação com o meio externo e para receber ideias, conceitos, projetos e propostas de parcerias. A organização pode também estimular ou criar oportunidades para que seus profissionais aprendam por meio de contatos e interações com pessoas de outras áreas e/ou de fora da organização. Internamente, podem ser criadas comunidades e/ou grupos de discussão e de aprendizagem, com participação de pessoas de áreas diferentes e mesmo de fora da empresa. | + | Sendo a colaboração um aspecto fundamental para que a inovação aconteça, esta deve ser planejada e acompanhada. Planejar a colaboração significa permitir às organizações estabelecer objetivos e definir ações para atingir níveis desejados de colaboração em uma iniciativa. O acompanhamento diz respeito a avaliar se o nível de colaboração planejado é atingido, identificando oportunidades para a tomada de ações corretivas. |
- | Alternativamente, agentes externos (clientes, universidades, parceiros e fornecedores, entre outros) podem oferecer ideias e/ou projetos de inovação e parcerias para a organização, por meio de canais estabelecidos e eficientes. | + | |
+ | Internamente, busca-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração intra e interdepartamental, tanto em áreas técnicas (p. ex. produtos e serviços), quanto em áreas de negócio (p. ex. comercial, comunicação e marketing) e jurídica (p. ex. propriedade intelectual e transferência de tecnologia). | ||
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+ | Externamente, pode-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (p. ex. ver [[https://www.brafip.org.br | brafip.org.br]]), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores, entre outros. | ||
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+ | De toda forma, é importante que a organização busque ter clareza em relação às áreas de crescimento dos negócios e de inovação em que a colaboração (interna e/ou externa) pode ser mais frutífera. Por exemplo, a organização pode fazer um mapeamento proativo e regular dos principais detentores de conhecimento, //expertise// e soluções disponíveis, dentro e fora da empresa, pensando tanto localmente quanto globalmente. | ||
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+ | Também é importante que a organização defina pessoas responsáveis (e preferencialmente dedicadas) a prospectar e organizar alianças e parcerias com vários //players// do mercado e de seu ecossistema competitivo, bem como estabeleça contato pessoal e ativo com clientes, fornecedores e consultores, preferencialmente por parte dos vários níveis hierárquicos da organização. | ||
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+ | Algumas possibilidades de realização da colaboração com parceiros no país e no exterior incluem: chamadas de ideias (p. ex., Chamada de Ideias BRAFIP de PDI colaborativa, anual); fóruns de cocriação de soluções junto a clientes e/ou fornecedores; obtenção e análise de ideias (internas e externas) segundo alguma estrutura estabelecida; realização de //roadmaps// tecnológicos com outros //players// de sua cadeia produtiva e/ou ecossistema de inovação; busca proativa de soluções e parcerias para seus desafios e projetos de inovação. | ||
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+ | Conseguir estabelecer uma colaboração efetiva ainda é um desafio. De uma maneira geral, algumas organizações têm dificuldades em planejar e explicitar como querem que a colaboração aconteça no seu dia-a-dia de trabalho, bem como tornar este planejamento da colaboração visível para todos os seus membros. | ||
+ | Uma avaliação das vantagens e/ou desvantagens de potenciais colaborações é importante para determinar quando ela se faz realmente necessária, visando usá-la de forma eficiente. | ||
- | Uma organização pode lançar mão de vários mecanismos para receber ideias e projetos externos a ela, por exemplo: //hackathons//, concursos de ideias, chamadas de projetos de pesquisa (com ou sem o apoio de organismos de financiamentos públicos - FINEP, FAPESP, FAPEMIG, etc), portais para receber ideias de parceiros, clientes e/ou fornecedores. | ||
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__**Dicas**__ | __**Dicas**__ | ||
- | Visando evitar uma mudança forçada e mais radical, o estímulo à interação pode ser gradual, por exemplo, para situações específicas ou apenas algumas iniciativas. Essas experiências podem ser usadas como piloto para verificar a possibilidade de adotá-las de forma mais ampla. | + | Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração interna”, inter-departamental, tanto na área técnica (produtos e serviços), quanto nas áreas Comercial e de Comunicação & Marketing, como na área Jurídica (p. ex. Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia). |
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+ | Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração externa”, com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (ver www.brafip.org.br), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores. | ||
- | A organização deve buscar meios de fazer com que as pessoas se sintam estimuladas para se relacionarem em busca dos resultados pretendidos. A colaboração é um modo de se relacionar que funciona melhor com as novas gerações que estão ocupando os escritórios. Essa colaboração pode ser um catalisador para que de fato a inovação aconteça nas empresas. | + | De modo geral, a avaliação dos benefícios de uma potencial colaboração pode considerar, entre outros aspectos: melhoria da capacidade de resolver problemas complexos; redução do tempo necessário para a execução de tarefas; aumento da capacidade criativa para gerar alternativas; maior clareza na discussão e seleção de alternativas; melhoria na comunicação; aprendizagem e disseminação de conhecimentos; estímulo à inovação; estabelecimento de uma rede de colaboração interna e/ou externa. |
- | Há pessoas que se adaptam melhor a um modelo de colaboração mais flexível, no qual possam dar vazão às suas ideias. Muitos talentos da geração Y podem ser atraídos por organizações que trabalham dessa forma, o que pode trazer vantagem competitiva para alguns cenários. | + | Por outro lado, para a avaliação dos pontos desfavoráveis, uma potencial colaboração também poderá enfrentar desafios, entre eles: falta de coordenação do trabalho e consequente lentidão na execução de tarefas de forma colaborativa; consumo de recursos em atividades ineficientes, sem atingir os benefícios desejados com o trabalho em equipe; atraso e/ou custo elevado para a tomada de decisão; resistência ao compartilhamento de conhecimento. |
- | Para fins de avaliação segundo o MGPDI, possivelmente buscar evidências que mostrem que os envolvidos se sentem estimulados à colaboração interna e/ou externa utilizando os recursos disponibilizados pela organização. | + | Alguns exemplos de situações nas quais a colaboração deverá ser adotada incluem: existência de potencial para produzir melhores resultados do que indivíduos trabalhando de forma isolada; alinhamento de objetivos; existência de resultados esperados claramente definidos; patrocínio e disponibilidade de orçamento. |