==== COL2 - As possibilidades de colaboração interna e/ou externa para o desenvolvimento de PDI são identificadas, avaliadas e acompanhadas ==== Perfis aplicáveis: I, II e III __**Valor**__ Apesar de reconhecerem que a colaboração é vantajosa, muitas organizações ainda não sabem como incentivá-la e imaginam que ela se manifestará naturalmente. A qualidade da colaboração de forma //ad-hoc// ou espontânea é difícil de ser determinada e, geralmente, não existem objetivos ou produtos claramente definidos ou resultados esperados de sua execução para que se possa avaliá-la. O registro, o acompanhamento e a avaliação de possíveis formas de colaboração, interna e/ou externa, possibilitam maior organização e controle das iniciativas de colaboração existentes, estejam elas propostas, definidas, disponibilizadas ou canceladas. ---- __**Explicação**__ A colaboração é uma característica relevante no processo de qualquer negócio, em especial no ambiente dinâmico e imprevisível atual. Uma forma de enfrentá-lo é ultrapassar as fronteiras organizacionais e investir no estabelecimento de parcerias com outras organizações no país e no exterior (universidades, [[geral:termos_e_definicoes_adicionais#ICT|ICT]]s, fornecedores, clientes, consultores e outros parceiros). As organizações vêm recorrendo à colaboração entre profissionais para fins não só de compartilhamento de ideias e conhecimento, mas também em busca de soluções inovadoras, aumento de qualidade e produtividade, até mesmo na ida ao mercado. A convergência de tecnologias (englobando mídias sociais, mobilidade, computação e armazenamento em nuvem) permite que a colaboração se torne não só realidade, mas também uma necessidade de mercado. Sendo a colaboração um aspecto fundamental para que a inovação aconteça, esta deve ser planejada e acompanhada. Planejar a colaboração significa permitir às organizações estabelecer objetivos e definir ações para atingir níveis desejados de colaboração em uma iniciativa. O acompanhamento diz respeito a avaliar se o nível de colaboração planejado é atingido, identificando oportunidades para a tomada de ações corretivas. Internamente, busca-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração intra e interdepartamental, tanto em áreas técnicas (p. ex. produtos e serviços), quanto em áreas de negócio (p. ex. comercial, comunicação e marketing) e jurídica (p. ex. propriedade intelectual e transferência de tecnologia). Externamente, pode-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (p. ex. ver [[https://www.brafip.org.br | brafip.org.br]]), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores, entre outros. De toda forma, é importante que a organização busque ter clareza em relação às áreas de crescimento dos negócios e de inovação em que a colaboração (interna e/ou externa) pode ser mais frutífera. Por exemplo, a organização pode fazer um mapeamento proativo e regular dos principais detentores de conhecimento, //expertise// e soluções disponíveis, dentro e fora da empresa, pensando tanto localmente quanto globalmente. Também é importante que a organização defina pessoas responsáveis (e preferencialmente dedicadas) a prospectar e organizar alianças e parcerias com vários //players// do mercado e de seu ecossistema competitivo, bem como estabeleça contato pessoal e ativo com clientes, fornecedores e consultores, preferencialmente por parte dos vários níveis hierárquicos da organização. Algumas possibilidades de realização da colaboração com parceiros no país e no exterior incluem: chamadas de ideias (p. ex., Chamada de Ideias BRAFIP de PDI colaborativa, anual); fóruns de cocriação de soluções junto a clientes e/ou fornecedores; obtenção e análise de ideias (internas e externas) segundo alguma estrutura estabelecida; realização de //roadmaps// tecnológicos com outros //players// de sua cadeia produtiva e/ou ecossistema de inovação; busca proativa de soluções e parcerias para seus desafios e projetos de inovação. Conseguir estabelecer uma colaboração efetiva ainda é um desafio. De uma maneira geral, algumas organizações têm dificuldades em planejar e explicitar como querem que a colaboração aconteça no seu dia-a-dia de trabalho, bem como tornar este planejamento da colaboração visível para todos os seus membros. Uma avaliação das vantagens e/ou desvantagens de potenciais colaborações é importante para determinar quando ela se faz realmente necessária, visando usá-la de forma eficiente. ---- __**Dicas**__ Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração interna”, inter-departamental, tanto na área técnica (produtos e serviços), quanto nas áreas Comercial e de Comunicação & Marketing, como na área Jurídica (p. ex. Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia). Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração externa”, com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (ver www.brafip.org.br), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores. De modo geral, a avaliação dos benefícios de uma potencial colaboração pode considerar, entre outros aspectos: melhoria da capacidade de resolver problemas complexos; redução do tempo necessário para a execução de tarefas; aumento da capacidade criativa para gerar alternativas; maior clareza na discussão e seleção de alternativas; melhoria na comunicação; aprendizagem e disseminação de conhecimentos; estímulo à inovação; estabelecimento de uma rede de colaboração interna e/ou externa. Por outro lado, para a avaliação dos pontos desfavoráveis, uma potencial colaboração também poderá enfrentar desafios, entre eles: falta de coordenação do trabalho e consequente lentidão na execução de tarefas de forma colaborativa; consumo de recursos em atividades ineficientes, sem atingir os benefícios desejados com o trabalho em equipe; atraso e/ou custo elevado para a tomada de decisão; resistência ao compartilhamento de conhecimento. Alguns exemplos de situações nas quais a colaboração deverá ser adotada incluem: existência de potencial para produzir melhores resultados do que indivíduos trabalhando de forma isolada; alinhamento de objetivos; existência de resultados esperados claramente definidos; patrocínio e disponibilidade de orçamento.