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processos:col:col3 [2020/05/15 11:31] analiddy |
processos:col:col3 [2022/11/10 16:10] (atual) admin |
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- | ==== COL3 - As possibilidades de colaboração interna e/ou externa para o desenvolvimento de PDI são identificadas, avaliadas e acompanhadas ==== | + | ==== COL3 - Alianças e parcerias são identificadas, formalizadas e acompanhadas, conforme necessário ==== |
- | Perfis aplicáveis: I, II e II | + | Perfil aplicável: III |
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- | Apesar de reconhecerem que a colaboração é vantajosa, muitas organizações ainda não sabem como incentivá-la e imaginam que ela se manifestará naturalmente. | + | A colaboração é uma importante estratégia de negócios para as organizações, possibilitando atuar de forma conjunta em direção a um objetivo comum, visando obter um melhor desempenho do que teriam se agissem sozinhos, de forma isolada. |
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- | A qualidade da colaboração de forma //ad-hoc// ou espontânea é difícil de ser determinada e, geralmente, não existem objetivos ou produtos claramente definidos ou resultados esperados de sua execução para que se possa avaliá-la. | + | |
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- | O registro, o acompanhamento e a avaliação de possíveis formas de colaboração, interna e/ou externa, possibilitam maior organização e controle das iniciativas de colaboração existentes, estejam elas propostas, definidas, disponibilizadas ou canceladas. | + | |
+ | Para que a colaboração de fato aconteça, é necessário que se tenha segurança em relação aos relacionamentos definidos. Assim, é importante não só identificar potenciais alianças e parcerias, mas também formalizá-las e acompanhá-las. | ||
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__**Explicação**__ | __**Explicação**__ | ||
- | A colaboração é uma característica relevante no processo de qualquer negócio, em especial no ambiente dinâmico e imprevisível atual. Uma forma de enfrentá-lo é ultrapassar as fronteiras organizacionais e investir no estabelecimento de parcerias com outras organizações no país e no exterior (universidades, [[geral:termos_e_definicoes_adicionais#ICT|ICT]]s, fornecedores, clientes, consultores e outros parceiros). | + | A gestão da colaboração procura aproximar pessoas, parceiros internos/externos e potenciais processos envolvidos para estimular a produtividade, a qualidade e o compartilhamento de conhecimento e trabalho visando à melhoria da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) na organização. |
- | As organizações vêm recorrendo à colaboração entre profissionais para fins não só de compartilhamento de ideias e conhecimento, mas também em busca de soluções inovadoras, aumento de qualidade e produtividade, até mesmo na ida ao mercado. A convergência de tecnologias (englobando mídias sociais, mobilidade, computação e armazenamento em nuvem) permite que a colaboração se torne não só realidade, mas também uma necessidade de mercado. | + | Para fomentar a inovação, as organizações podem, por exemplo, definir alianças e convênios de longo prazo no país e no exterior com instituições de pesquisa e universidades, participar de consórcios de pesquisa no país e no exterior, participar de um ecossistema no qual vários //players// estabelecem uma relação de longo prazo, no estilo ganha-ganha, visando realizar processos de inovação colaborativa (ver [[http://www.brafip.org.br]]). |
- | Sendo a colaboração um aspecto fundamental para que a inovação aconteça, esta deve ser planejada e acompanhada. Planejar a colaboração significa permitir às organizações estabelecer objetivos e definir ações para atingir níveis desejados de colaboração em uma iniciativa. O acompanhamento diz respeito a avaliar se o nível de colaboração planejado é atingido, identificando oportunidades para a tomada de ações corretivas. | + | Entre os principais benefícios de alianças e parcerias colaborativas para as organizações participantes podem ser citados: novas oportunidades de negócio, mercados e tecnologias; aumento da rede de relacionamentos e de potenciais negócios; resposta mais adequada às demandas de clientes e aos desafios do mercado; obtenção de recursos e entrega de produtos/serviços com mais agilidade e qualidade; acesso a uma maior variedade de recursos (recursos humanos, financeiros, sistemas, equipamentos, processos de trabalho, informações etc.) a um custo mais favorável; complementação das habilidades e conhecimentos existentes; compartilhamento de riscos, responsabilidades e benefícios decorrentes da parceria; inovação e fornecimento de novos produtos/serviços. |
- | Internamente, busca-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração intra e interdepartamental, tanto em áreas técnicas (p. ex. produtos e serviços), quanto em áreas de negócio (p. ex. comercial, comunicação e marketing) e jurídica (p. ex. propriedade intelectual e transferência de tecnologia). | + | Neste sentido, a organização deve buscar, identificar e formalizar mecanismos para conexão dos cérebros, //expertises// e //know-how// de indivíduos, dentro da própria organização ou com outras organizações espalhadas no país e no mundo. |
- | Externamente, pode-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de colaboração com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (p. ex. ver [[https://www.brafip.org.br | brafip.org.br]]), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores, entre outros. | + | Ao formalizar alianças e parcerias colaborativas, é importante avaliar algumas questões, entre elas: se o propósito e os objetivos estão alinhados, fazendo com que cada parte tenha conhecimento das metas e objetivos definidos para trabalharem de forma coordenada; transparência e nível de confiança entre os próprios colaboradores e entre colaboradores e organizações; noção clara e de todos quanto aos papéis e responsabilidades de cada parte, até mesmo quanto à propriedade intelectual; formas de comunicação (deve ser fluida, aberta, franca e eficiente); incentivo para a troca de ideias e exploração da diversidade, considerando diferentes perspectivas e //backgrounds//. |
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- | De toda forma, é importante que a organização busque ter clareza em relação às áreas de crescimento dos negócios e de inovação em que a colaboração (interna e/ou externa) pode ser mais frutífera. Por exemplo, a organização pode fazer um mapeamento proativo e regular dos principais detentores de conhecimento, //expertise// e soluções disponíveis, dentro e fora da empresa, pensando tanto localmente quanto globalmente. | + | |
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- | Também é importante que a organização defina pessoas responsáveis (e preferencialmente dedicadas) a prospectar e organizar alianças e parcerias com vários //players// do mercado e de seu ecossistema competitivo, bem como estabeleça contato pessoal e ativo com clientes, fornecedores e consultores, preferencialmente por parte dos vários níveis hierárquicos da organização. | + | |
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- | Algumas possibilidades de realização da colaboração com parceiros no país e no exterior incluem: chamadas de ideias (p. ex., Chamada de Ideias BRAFIP de PDI colaborativa, anual); fóruns de cocriação de soluções junto a clientes e/ou fornecedores; obtenção e análise de ideias (internas e externas) segundo alguma estrutura estabelecida; realização de //roadmaps// tecnológicos com outros //players// de sua cadeia produtiva e/ou ecossistema de inovação; busca proativa de soluções e parcerias para seus desafios e projetos de inovação. | + | |
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- | Conseguir estabelecer uma colaboração efetiva ainda é um desafio. De uma maneira geral, algumas organizações têm dificuldades em planejar e explicitar como querem que a colaboração aconteça no seu dia-a-dia de trabalho, bem como tornar este planejamento da colaboração visível para todos os seus membros. | + | |
- | Uma avaliação das vantagens e/ou desvantagens de potenciais colaborações é importante para determinar quando ela se faz realmente necessária, visando usá-la de forma eficiente. | + | |
+ | Para o estabelecimento e acompanhamento de alianças e parcerias colaborativas, algumas ferramentas de apoio podem ser úteis, entre elas: ferramentas de comunicação, que contribuam para um diálogo eficaz, como e-mail corporativo (mecanismo mais formal e com registro); comunicação mais direta, compartilhamento de arquivos e videoconferências online usando ferramentas tais como Skype, Webex, Meet, Whereby, Jitsi, Zoom, 8×8 e Sympla Streaming; ferramentas para compartilhar documentos na nuvem, como o Dropbox e o Google Drive (que também aumentam a segurança dos documentos ao serem armazenados na nuvem e poderem ser acessados somente por pessoas autorizadas); ferramentas de gestão de iniciativas e projetos //online//, que permitem acompanhar o andamento de tarefas e o prazo previsto para conclusão, adicionar arquivos e lembretes a demandas, como o Trello e o Basecamp, que podem ser utilizados em dispositivos móveis dos sistemas Android e iOS. | ||
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__**Dicas**__ | __**Dicas**__ | ||
- | Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração interna”, inter-departamental, tanto na área técnica (produtos e serviços), quanto nas áreas Comercial e de Comunicação & Marketing, como na área Jurídica (p. ex. Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia). | + | Acompanhar e avaliar são processos contínuos, que se iniciam no momento da celebração de alianças e parcerias colaborativas, especialmente na colaboração externa, e terminam juntamente com o seu encerramento. |
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- | Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “colaboração externa”, com foco na PDI Colaborativa no país e no exterior (ver www.brafip.org.br), tanto com Universidades e ICTs, quanto com parceiros de negócios, clientes, fornecedores e consultores. | + | |
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- | De modo geral, a avaliação dos benefícios de uma potencial colaboração pode considerar, entre outros aspectos: melhoria da capacidade de resolver problemas complexos; redução do tempo necessário para a execução de tarefas; aumento da capacidade criativa para gerar alternativas; maior clareza na discussão e seleção de alternativas; melhoria na comunicação; aprendizagem e disseminação de conhecimentos; estímulo à inovação; estabelecimento de uma rede de colaboração interna e/ou externa. | + | |
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- | Por outro lado, para a avaliação dos pontos desfavoráveis, uma potencial colaboração também poderá enfrentar desafios, entre eles: falta de coordenação do trabalho e consequente lentidão na execução de tarefas de forma colaborativa; consumo de recursos em atividades ineficientes, sem atingir os benefícios desejados com o trabalho em equipe; atraso e/ou custo elevado para a tomada de decisão; resistência ao compartilhamento de conhecimento. | + | |
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- | Alguns exemplos de situações nas quais a colaboração deverá ser adotada incluem: existência de potencial para produzir melhores resultados do que indivíduos trabalhando de forma isolada; alinhamento de objetivos; existência de resultados esperados claramente definidos; patrocínio e disponibilidade de orçamento. | + | |
+ | Para colaborar, alguns aspectos se encontram intimamente dependentes e relacionados entre si, não podendo ser considerados isoladamente, entre eles: a __comunicação__, pois os indivíduos têm que trocar informações; a __coordenação__, pois é necessário organizar-se para o trabalho; a __memória__, pois é necessário atuar em conjunto em um espaço de trabalho coletivo; a __percepção__, a partir da qual um indivíduo se informa sobre o que está acontecendo e adquire as informações necessárias para realizar seu trabalho. | ||
+ | Visando obter melhores resultados, sugere-se: não abrir mão da transparência e de uma comunicação clara, simples, objetiva e direta; não ignorar as diferenças existentes entre os envolvidos, mas ao contrário, usá-las a favor da aliança ou parceria e tirar o máximo proveito delas; uma vez decidido os membros que farão parte do processo, eles devem reunir-se para, juntos, entender o escopo, desenhar formas de atuação, definir responsabilidades e tomar decisões. | ||