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- | ==== CON1 - Uma abordagem para a Gestão do Conhecimento é estabelecida ==== | + | ==== CON1 - Ações para fomentar a troca de conhecimento são estabelecidas e monitoradas ==== |
Perfil aplicável: III | Perfil aplicável: III | ||
- | Estabelece as expectativas da organização quanto à Gestão do Conhecimento e indica como atender seus aspectos mais relevantes, que incluem estabelecer as políticas, processos, áreas de expertises, mecanismos de coleta, avaliação, classificação, armazenamento e recuperação dos conhecimentos, papéis e responsabilidades. Esta definição deve ser originada da alta gerência e grupo de Gestão do Conhecimento da organização, e ser conhecida por todos. | + | __**Valor**__ |
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+ | Este resultado leva a um maior comprometimento dos colaboradores da organização na troca de conhecimento, tendo como consequência o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, e também o estabelecimento de uma cultura de aprendizagem organizacional colaborativa. | ||
- | A existência de diretrizes gerais (abordagem requerida no [[mgpdi:perfil_i| Perfil I]]) possibilita alinhar com todos os envolvidos os objetivos, as estratégias e as ações esperadas, visando tanto coordenar atividades a serem executadas para conduzir uma iniciativa, quanto promover a cooperação e a otimização de recursos. | + | ---- |
+ | __**Implementação**__ | ||
- | A existência de um planejamento básico definido (abordagem requerida no [[mgpdi:perfil_ii| Perfil II]]) possibilita estimar, alocar e acompanhar as atividades e a disponibilização de recursos (materiais e humanos) para conduzir uma iniciativa. | + | Este resultado possui como foco definir uma estratégia para motivar os colaboradores a registrarem os conhecimentos tácitos, os resultados do processo de P&D, e a troca de conhecimento. Ações de compartilhamento e busca pelos conhecimentos devem fazer parte da cultura organizacional. Nesse sentido, deve-se elaborar ações compensatórias e de reconhecimento às pessoas que participam da troca do conhecimento na organização, com o objetivo de potencializar a criatividade, a aprendizagem e o compartilhamento de conhecimentos. |
- | Melhor ainda seria ter uma padronização na forma como os envolvidos executam as atividades (abordagem requerida no [[mgpdi:perfil_iii|Perfil III]]), que pudesse ser adaptada quando necessário, alinhando expectativas e orientando-os para que: se faça o trabalho certo, da primeira vez e todas as vezes; todos saibam “o quê” e “como” algo deve ser feito, além de “quem” deve fazer “o quê”; a realização das atividades ocorra de forma ordenada, estável e previsível, cumprindo o que foi planejado e privilegiando aspectos técnicos. | + | A implementação deste resultado pode ocorrer por meio de atividades educativas e de integração coletiva que envolvam os colaboradores da organização. Além disso, devem-se estabelecer ações de recompensas às pessoas que mais estiverem dispostas a colaborar com a troca de informações, e também o estabelecimento de ações de convencimento, que apresentem a importância do registro, busca e troca dos conhecimentos adquiridos pela organização. |
- | __**Explicação**__ | + | Essas ações devem permitir que os colaboradores passem a adotar a troca do conhecimento como algo de extrema importância para o sucesso da organização. As ações para proporcionar a troca do conhecimento devem fazer parte de uma estratégia coordenada, que envolvam ações para motivar a participação ativa dos colaboradores. |
- | Apesar de possuir uma mesma redação, este é o único resultado deste processo que requer características distintas em função do perfil de maturidade no qual a organização se encontra ou almeja atingir. A razão disto é que ele busca refletir os [[atributos:visao_geral_atributos| atributos de processo]] definidos para os [[geral:visao_geral_perfis|perfis de maturidade]]. | + | A motivação dos colaboradores e o apoio da alta gerência constituem fatores de primordial importância para o sucesso deste resultado. |
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- | No Perfil I (Processos Executados – ver [[atributos:ap_1.1|AP 1.1]]), a abordagem deve conter ao menos “diretrizes gerais” (políticas) orientando como a organização planeja e implementa o processo, considerando princípios, responsabilidades, tempos e instrumentos, visando conseguir gerar os resultados esperados, mas ainda não é necessário um planejamento de atividades. Essas diretrizes poderiam incluir, por exemplo: quais são os responsáveis, o escopo e os mecanismos de coleta, avaliação, classificação, armazenamento e recuperação dos conhecimentos. | + | |
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- | No Perfil II (Processos Gerenciados – ver [[atributos:ap_2.1|AP 2.1]] e [[atributos:ap_2.2|AP 2.2]]), além das “diretrizes gerais” do Perfil I, a abordagem deve conter um “planejamento básico explícito”, que inclua ao menos uma lista de atividades a serem realizadas, distribuídas no tempo, com identificação e disponibilização de recursos (pessoas, ferramentas, dados, etc) e fundos necessários para a sua execução, visando conseguir planejar e acompanhar a geração dos resultados esperados. Também é necessário evidenciar o acompanhamento dessas atividades ao longo do tempo, bem como gerenciar os produtos de trabalho (artefatos) gerados pelo processo. | + | |
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- | No Perfil III (Processos Estabelecidos – ver [[atributos:ap_3.1|AP 3.1]] e [[atributos:ap_3.2|AP 3.2]]), além da necessidade de um “planejamento básico explícito” do Perfil II e das “diretrizes gerais” do Perfil I, a abordagem deve conter um processo padrão, ou seja, uma descrição das atividades constantes no planejamento que possua informações básicas como “quem” faz “o que”, “quando” e “como”. Caso existam formas alternativas para a sua realização, é importante definir qual seria a forma padrão, quais as variações permitidas e quando estas variações devem ser aplicadas. Além disso, a abordagem deve considerar a coleta de informações relevantes relacionadas à execução do processo, visando incentivar sua melhoria contínua. | + | |
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+ | __**Dicas**__ | ||
- | __**Dicas**__ | + | Para criar uma cultura organizacional, sugere-se ações educativas e competições, como hackathons, workshops, oficinas, palestras, minicursos, entre outros, que apresentem a importância e o diferencial do conhecimento como fator de inovação dentro de uma organização. |
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- | A implementação deste resultado pode ocorrer por meio de um documento eletrônico, acessível e conhecido por todos na organização, elaborado na forma de uma Política, com o qual deve ser obtido o comprometimento de todos os colaboradores da organização. | + | |
- | A política deve estabelecer, no contexto de uma organização: | + | |
- | * áreas de expertise; | + | |
- | * base de conhecimento, formas de acesso, compartilhamento, definições de confidencialidade e manutenção do conhecimento; | + | |
- | * procedimentos para garantir a troca de conhecimento; | + | |
- | * estratégia de classificação do conhecimento; | + | |
- | * regras e critérios objetivos para avaliar o ativo de conhecimento identificado, de forma a determinar se este deve ou não ser inserido e mantido na base de conhecimento da organização; | + | |
- | * regras e critérios objetivos para avaliar e manter continuamente os ativos de conhecimento que foram inseridos na base de conhecimento, de forma a determinar se este deve permanecer, ser atualizado ou ser descartado; | + | |
- | * os perfis profissionais e os responsáveis indicados pela organização para avaliar, atualizar e manter o conteúdo da base de conhecimento; | + | |
- | * entre outros elementos relevantes para a organização e seu contexto de negócio. | + | |
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- | Periodicamente a política de Gestão do Conhecimento deve ter seu conteúdo avaliado e atualizado. Todas as atualizações realizadas na política devem ser notificadas aos interessados. | + | |
- | A definição da política organizacional para Gestão do Conhecimento pode compor um documento mais geral que atenda os demais processos definidos no MGPDI e demais práticas e processos organizacionais. | + | Como meio de motivação e reconhecimento aos colaboradores que mais participam do processo CON, considerando tanto a geração de conhecimento como a busca e utilização desse conhecimento nas tarefas diárias, é necessário estabelecer meios de premiações em dinheiro, viagens, folgas, reconhecimento público e a possibilidade de ascensão na carreira, dentro da organização. |
- | Para a publicação e disseminação da Política de Gestão do Conhecimento pode-se utilizar a intranet da organização, seu site institucional ou mesmo uma ferramenta de Wiki, com os devidos privilégios de acesso. Outras formas de publicação da Política podem ser estabelecidas, desde que permitam o amplo acesso a todos os envolvidos na Gestão do Conhecimento. | + | Como forma de monitorar a troca do conhecimento, por exemplo, pode-se utilizar uma ferramenta de Wiki ou uma ferramenta específica para gestão do conhecimento. Neste sentido, deve-se registrar as consultas realizadas aos conhecimentos, sendo fornecido o acesso a esse histórico aos colaboradores responsáveis por gerenciar as ações de Gestão do Conhecimento. |
- | Deve ser estabelecido que alguns profissionais da organização devem ser responsáveis por garantir a execução e implantação das regras e processos definidos na política sejam seguidos na prática. | + | Todas as ações conduzidas no processo de estímulo à troca de conhecimento devem ser monitoradas quanto a sua efetividade na organização por meio de avaliações diretas (isto é, das ações realizadas) e indiretas (dos resultados da organização que dependem indiretamente da troca de conhecimento). |
- | No caso de se utilizar uma notação gráfica para a definição do processo CON, se sugere a adoção de alguma ferramenta CASE ou editor diagramático que permita o uso da notação escolhida. | + | |