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Perfis aplicáveis: I, II e II
Valor
Apesar de reconhecerem que a colaboração é vantajosa, muitas organizações ainda não sabem como incentivá-la e imaginam que ela se manifestará naturalmente.
A qualidade da colaboração de forma ad-hoc ou espontânea é difícil de ser determinada e, geralmente, não existem objetivos ou produtos claramente definidos ou resultados esperados de sua execução para que se possa avaliá-la.
O registro, o acompanhamento e a avaliação de possíveis formas de cooperação, interna e/ou externa, possibilitam maior organização e controle das iniciativas de cooperação existentes, estejam elas propostas, definidas, disponibilizadas ou canceladas.
Explicação
A colaboração é uma característica relevante no processo de qualquer negócio, em especial no ambiente dinâmico e imprevisível atual. Uma forma de enfrentá-lo é ultrapassar as fronteiras organizacionais e investir no estabelecimento de parcerias com outras organizações.
As organizações vêm recorrendo à colaboração entre profissionais para fins não só de compartilhamento de ideias e conhecimento, mas também em busca de soluções inovadoras, aumento de qualidade e produtividade. A convergência de tecnologias (englobando mídias sociais, mobilidade, computação e armazenamento em nuvem) permite que a colaboração se torne não só realidade, mas também uma necessidade de mercado.
Sendo a colaboração um aspecto fundamental para que a inovação aconteça, esta deve ser planejada e acompanhada. Planejar a colaboração significa permitir às organizações estabelecer objetivos e definir ações para atingir níveis desejados de colaboração em uma iniciativa. O acompanhamento diz respeito a avaliar se o nível de colaboração planejado é atingido, identificando oportunidades para a tomada de ações corretivas.
Internamente, busca-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de cooperação intra e interdepartamental, tanto em áreas técnicas (p. ex. produtos e serviços), quanto em áreas de negócio (p. ex. comercial, comunicação e marketing) e jurídica (p. ex. propriedade intelectual e transferência de tecnologia).
Externamente, pode-se identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de cooperação com foco na PDI Colaborativa (p. ex. ver brafip.org.br), tanto com Universidades e ICTs no país e no exterior, quanto com parceiros de negócios, como com clientes, dentre outras.
De toda forma, é importante que a organização busque ter clareza em relação às áreas de crescimento dos negócios e de inovação em que a colaboração (interna e/ou externa) podem ser mais frutíferas. Por exemplo, a organização pode fazer um mapeamento proativo e regular dos principais detentores de conhecimento, expertise e soluções disponíveis, dentro e fora da empresa, pensando tanto localmente quanto globalmente.
Também é importante que a organização defina pessoas responsáveis (e preferencialmente dedicadas) a prospectar e organizar alianças e parcerias com vários players do mercado e de seu ecossistema competitivo, bem como estabeleça contato pessoal e ativo com clientes, preferencialmente por parte dos vários níveis hierárquicos da organização.
Algumas possibilidades de realização da colaboração incluem: fóruns de cocriação de soluções junto a clientes e/ou fornecedores; obtenção e análise de ideias (internas e externas) segundo alguma estrutura estabelecida; realização de roadmaps tecnológicos com outros players de sua cadeia produtiva e/ou ecossistema de inovação; busca proativa de soluções e parcerias para seus desafios e projetos de inovação, dentro e fora do país.
Conseguir estabelecer uma colaboração efetiva ainda é um desafio. De uma maneira geral, algumas organizações têm dificuldades em planejar e explicitar como querem que a colaboração aconteça no seu dia-a-dia de trabalho, bem como tornar este planejamento da colaboração visível para todos os seus membros. Uma avaliação das vantagens e/ou desvantagens de potenciais colaborações é importante para determinar quando ela se faz realmente necessária, visando usá-la de forma eficiente.
Dicas
Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “cooperação interna”, inter-departamental, tanto na área técnica (produtos e serviços), quanto nas áreas Comercial e de Comunicação & Marketing, como na área Jurídica (p. ex. Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia).
Identificar, avaliar e acompanhar continuadamente as possibilidades de “cooperação externa”, com foco na PDI Colaborativa (ver www.brafip.org.br), tanto com Universidades e ICTs no país e no exterior, quanto com parceiros de negócios, como com clientes, dentre outras.
De modo geral, a avaliação dos benefícios de uma potencial colaboração pode considerar, entre outros aspectos: melhoria da capacidade de resolver problemas complexos; redução do tempo necessário para a execução de tarefas; aumento da capacidade criativa para gerar alternativas; maior clareza na discussão e seleção de alternativas; melhoria na comunicação; aprendizagem e disseminação de conhecimentos; estímulo à inovação; estabelecimento de uma rede de colaboração interna e/ou externa.
Por outro lado, para a avaliação dos pontos desfavoráveis, uma potencial colaboração também poderá enfrentar desafios, entre eles: falta de coordenação do trabalho e consequente lentidão na execução de tarefas de forma colaborativa; consumo de recursos em atividades ineficientes, sem atingir os benefícios desejados com o trabalho em equipe; atraso e/ou custo elevado para a tomada de decisão; resistência ao compartilhamento de conhecimento.
Alguns exemplos de situações nas quais a colaboração deverá ser adotada incluem: existência de potencial para produzir melhores resultados do que indivíduos trabalhando de forma isolada; alinhamento de objetivos; existência de resultados esperados claramente definidos; patrocínio e disponibilidade de orçamento.